domingo, janeiro 27, 2008

Ode Ao Tempo

Parece que tive muitas coisas para escrever aqui, e agora todas elas somem, numa disparada de idéias nada poética, porém irônica.
O tempo é o companheiro inexorável, leva-me para o desconhecido dos novos dias. Corre com as horas; eu durmo e acordo sem sentir os minutos...
Só às vezes - algumas vezes, não sei por que - sinto o tempo pesado, atmosfera densa, quiça marrom, pura sinestesia. Como num fluxo de consciência, situo-me temporalmente. Vivi quase duas décadas, mas ontem mesmo eu pensava como seria, como estaria aos dezoito. E só agora descobri que, indubitavelmente, sou apenas e principalmente aquilo tudo que eu jamais seria caso não fosse eu mesma.
Temos nosso próprio tempo, somos tão jovens: são coisas relativas. Mas quem sabe algum dia não escrevo uns haicais...