segunda-feira, junho 29, 2009

ela não é daquelas (pt. VI)

Um tempo, o tempo; transitando entre o indefinido e o definido, a existência se estende e destoa do instante anterior.

E se prepara para retornar.

quarta-feira, junho 24, 2009

ela não é daquelas (pt.V)

A coerência...a coerência é a chave de tudo. Ainda que toda coerência seja suspeita, é difícil não a exigir em certos momentos. Escrevendo loucamente, vou tecendo minha interpretação sobre tragédias gregas e afins; Empédocles e seus excessos, sua necessidade de sacrifício, sua relação entre poesia e filosofia. E com isto, tal qual o poeta trágico, distancio-me um pouco de mim mesmo, a fim de alcançar a maior intimidade com o Todo - é preciso esquecer que se é parte.
A saga continua enquanto tudo não se resolve. Feito de contradições, mas buscando a coerência, minhas atitudes me colocam face ao que eu nem conhecia em mim mesmo. São dias intermediários ou determinantes? Minhas contradições face às de alheios - até onde é possível aceitar as diferenças?
É difícil pensar tanto quanto o é não pensar nisso. Aprendi com Hölderlin o quanto a Filosofia é um hospital onde me refugio.
Faço pausas, aprendo a pensar em Alemão. Sigo um ritmo, construo uma saga; os personagens se vão ou eu os excluo? Ainda não me decidi. Há sempre algo que me escapa.

terça-feira, junho 23, 2009

Ela não é daquelas (pt. IV)

Um minuto atrás já é passado.

O que é possível modificar em nossas vidas? Quais de nossas escolhas nos parecem acertadas depois que deixam de ser futuro pra ser presente?
Silêncio para compreender...Pois não é que há surpresas mesmo onde não se espera?
Seguindo isto, passo a esperar tudo de nada, ou nada de tudo, ou nada de nada, ou tudo de tudo. Fechamos ciclos; às vezes lembranças povoam a mente. Ninguém sai intacto ao contato, por menor que seja, por mais que se tente esquivar. Há resquícios, que perseguem, esfriam os pés.

"eu quero uma poesia que possa exprimir todas as sensações; que possa apagar toda contradição e encaminhar pra soluções. eu quero uma poesia que me livre de todos os compromissos, até aqueles comigo mesmo..."

E não ter hora pra voltar.

Quem diria "eu amigo"..., em Um Canto para Caronte.

Ela não é daquelas (pt. III)

Mas as perdas não são, não foram minhas. Falo das alheias que senti pela observação.

domingo, junho 14, 2009

ela não é daquelas (pt. II)

Ou sobre como sofrer grandes perdas.

Presumo que foram grandes, ao menos sensíveis, ao menos sentidas. Causaram uma fragilidade momentânea, um risco.

terça-feira, junho 09, 2009

ela não é daquelas.

Dançar, aprender a gostar. É impressionante como o tempo apaga e acende, faz brotar e murchar o frio na barriga. Ela não é daquelas, talvez que nunca tenha sido. Isso não se pode dizer com certeza absoluta, é fato - o que se pode dizer que ela não é daquelas neste caso. Sabe-se lá se o caso fosse (o) Outro, por quais caminhos andaria sua cabeça.
Para não pôr tudo a perder, calma. Para agir com calma e depois ver que foi em vão, quase. Há sempre as coisas que se ajeitam na força bruta, numa forma de indiferença fingida, forçada. Haverá sempre diferenças entre as pessoas - entre as que passam reto na penumbra, as que respondem e frustram as expectativas, e aquelas para as quais se pede licença para passar, e que se viram para outro lado. São estas as que mais conferem certeza de prestar atenção, e assim saber qual o lado exatamente errado de virar.
O mundo listrado deu zebra.
É preciso saber separar refúgios de canções.

sexta-feira, junho 05, 2009

É preciso ter paciência

Pra comer, pra dormir, pro dia amanhecer, pra sentir sono, pra reencontrar, pra se concentrar, pra compreender, pra aceitar, pra viver.

quinta-feira, junho 04, 2009

[...]

The girl with the torn in her side.