quarta-feira, dezembro 23, 2009

um pouco de luz

e de sombras. Nesse jogo é que tudo se resolve.
Aqui, parece que lá nem existe. Uma calma danada, propícia pra algumas decisões.

domingo, dezembro 13, 2009

Quais as canções da nossa vida?

Qual a cor de sua angústia, de sua espera, de sua expectativa? Qual o porquê da não-iniciativa?
O que eu quero eu não sei; descobri umas músicas tão simples, e que dizem tanto. E outras, bem, elas me põem pra baixo um pouco...down...down...down.
Bem, nem tudo tem que ser sempre. Às vezes estar do outro lado quer dizer alguma coisa; penso bem nas minhas atitudes, e vejo que não posso deduzir dos outros tudo aquilo que imagino, pois faço coisas em contradição com a vontade. Mas como ignorar também? Fato é que...me vi agora repetindo frases engraçadas, efeitos engraçados, e esperando aquilo que não era possível. Estou sempre tão egoisticamente dentro de mim mesmo que não percebo o que vai além.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Até esquecer o que eu ia falar

A demora da tecnologia me atrapalha a inspiração - é fato. Enquanto eu esperava a página carregar e seus trâmites nada burocráticos, mas que levam para o buraco minhas idéias, elas fugiam. Ficaram algumas, restantes da noite tranquila. De pé, com calma, a mão ocupada e a outra no bolso, ora me via de frente com algum resquício de impulso de umas noites passadas, ora com demonstrações de afeto por algo que não tem volta, creio.
Eu nunca vi você chegar, nem ir embora. É uma permanência estranha, penso. E enquanto eu conversava, seguia com o olhar, e eu me perdia em minhas explicações.
Penso: qual será o termo disso tudo? Afinal, cada vez mais me convenço de que há algo, não é só desconfiança ou cisma minha, maluquice de quem vê motivo em olhares insistentes. Pôxa, pôxa.
E só porque o dia foi bom, fiz essa concessão - escrever antes de ler meus textos pros trabalhos finais. E só porque tive surpresas boas, e agora tô com a mente calma, quero expressar isso ao mundo. Mas confesso também que ali, parada, olhando a empolgação no rosto duma pequena japonesa, tão pequena era que sua guitarra era quase de seu tamanho, eu pensei também quem mais poderia estar ali.
E nada mais, nada mais vai tirar minha atenção, distender ainda mais meu espírito.
Mas considere isto, diz a música; considerei tantas coisas que não devia, que agora às vezes me perco. E se ela estivesse lá, talvez fosse a porta - de entrada ou de saída? Tudo sempre tem dois lados. Tenho umas esperas, expectativas desejosas, de nada em especial, mas apenas de coisas boas, e que façam valer a pena.
E, sem perceber, mais uma vez as mãos voltaram machucadas...
"And all the fat-skinny people, and all the tall-short people; And all the nobody people, and all the somebody people; I never thought I'd need so many people"

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Lili Marleen

A historiazinha de um soldado que escreve pruma mocinha...algo assim, canção em alemão, enquanto rolava uma revisão de prova. E depois - bem depois, diga-se - houve tantas coisas, mundo girando na boca do estômago, e gritando pra sair, pondo pra fora os descabimentos da vida.
E o que mais? Hoje, enquanto fazia descobertas fantásticas ao longo da aula, batia uns pensamentozinhos também, acerca do futuro próximo, da expectativa que se alonga. Pensei sobre saudades de livros, de pessoas que nos demandam tempo e mandam notícias que alegram tanto, tanto - como é possível isso?
Ai, quanta coisa. Tô muito cansada, e até mesmo um pouco debilitada - de quê? De tudo, deve ser. Continuo sem conseguir sair de mim pra dar rumo no que vem de fora. Agora, o que que vem mesmo? Eu senti vazios enormes sempre que terminava trabalhos que exigiam muito esforço; deve ser assim que se sente após um parto. Crianças nascem, crescem, e deixam o lar; esta é a vida.
Das Leben...das Leben.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Kant e Kant

Só isso me interessa agora, e por um tempo longo (ou melhor, por uma expectativa longa): como se dá o conhecimento?

domingo, dezembro 06, 2009

Eu quero tanta coisa

Quero um pouco de férias, uns dias de 48 horas, mas que o tempo passe rápido. No breu da noite pensava em tudo isso, as coisas se acumulavam um pouco; mas o dia fora bom, cheio de expectativas quebradas. Meu espírito, como diria Agostinho, se estendia rumo a estas expectativas, e estendia-se também em memórias, ligados ambos os momentos pelo presente ínfimo, ou melhor, inexistente, e isso era o tempo. É impressionante como nessa perspectiva tudo cabe dentro do sujeito, em sua alma; é espantoso como, desse modo, o homem consegue dar conta do passado, do futuro e do presente dentro de si, distendendo-se. Homens são sujeitos capazes.

Flanerie

hoje foi dia de flanar por aí, vendo as pessoas, passos, roupas, presentes, idéias brotavam, ônibus e trens e metrôs na cidade tão cheia e tão vazia; eu tão cheia e tão vazia, tudo tão cheio e tão oco.
Tão vago, os vagões, as vagas ondas. Há praias em algum lugar, eu tenho pressentimentos, nada de extraordinário, acho que são só confluências de tanto pensar.
A gente chega, com efeito, a algum lugar.

sábado, dezembro 05, 2009

Logo abaixo

das linhas do meu pensamento; entre frases se constrõem considerações sobre a cidade branca. Chove tanto, todos esses dias; sempre tem garoa, sempre tem um quê de solidão boa, e nostalgia. Somos responsáveis por o quê, além de nós mesmos? Por alguns sentimentos alheios?
Não consigo ver os prédios daqui; há uma cortina de neblina fraca. Dormi bastante de ontem pra hoje sem sequer perceber; era pra ter acordado antes, e ter me movimentado antes que sentisse cãimbras. Ou ter falado antes que não houvesse mais tempo.
[...]
Tudo em suspensão...tudo em suspensão. A atmosfera é fria, nem parece dezembro. Que dia é hoje? "Não lembro; Parece dezembro; De um ano dourado". A sensibilidade aumenta em certos períodos, eu sei.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Pois é [or High and Dry]

"Pois é, não deu
Deixa assim como está, sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver
Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar"
Pois é, cabe a nós refletir sobre tudo isso. O que as pessoas dizem, o que a gente prediz no sentimento, porque nos contam sobre tantas coisas, quando não estamos bem? E o medo de ter medo de ter medo?
Percebi o quanto adiei atitudes, por consequência, decisões; as que tomei saíram pela culatra. Os lugares que quis ir permaneceram fechados...hoje é só o começo do fim das nossas vidas. Eu...eu...respiro fundo, penso se é melhor dormir, ou mergulhar em Kant sentindo o gosto na boca. E o impulso me empurra para o que eu não quero...e o tempo nos empurra longe. Eu nem mesmo sei o que queria tanto dizer. Parece que não foi há pouco tempo, parece que foi nunca.
Mas as consequências dizem o contrário: parece que foi sempre.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Adventskalender.

Como num Adventskalender, as coisas vão se abrindo conforme o dia certo: nunca antes, nem depois. Mas confesso que me é difícil, quiçá impossível, compreender o alcance da atitude - do olhar persistente à ausência de tato (no sentido dos sentidos - contato) são passagens de dias que permanecem fechados à minha compreensão.
É engraçado como retorna, revisitado, o dilema kantiano: o conhecimento é fruto da experiência ou daquilo que é meramente intelectual? A que responde Kant: dos dois. Faltando-me qualquer um, compreendo que o objetivo ainda não foi alcançado.
E a hora certa se posterga...
Tangerine, tangerine...

terça-feira, dezembro 01, 2009

uma música

e mudanças são indícios de quê? Ora, às vezes as pessoas precisam exatamente daquilo de que nos acusam.
Eu tenho paciência, às vezes, mas em outras é testar a boa vontade. É demais, dir-se-ia.
Mas há bons momentos, e sensações engraçadas, difíceis de explicar e, sobretudo, de prever. Há outros caminhos também, e vários que levam a lugares diferentes...a ligação é o que há de subjetivo: sou eu que os trilho, que os percorro e deixo alguns para trás, outros não escolho, em outros me embrenho e arrependo, franzindo o cenho numa mania que tô tentando largar. Cada um, enfim, com suas metas, e todos chegam ao fim, ou aos fins.
E Schopenhauer, contudo, concebe a Filosofia como atividade que deve estar desligada de fins - antes, dever-se-ia viver para a Filosofia e não da Filosofia. Merece reflexões, de fato.

domingo, novembro 29, 2009

Tangerine, Tangerine...

Hoje estou repetindo várias coisas, palavras, em silêncio mesmo. Um dia quase que perdido, planejei algumas coisas, mas não sei porque não as fiz. Acho que ainda estou sob o signo do vazio pós-trabalho-intelectual que quase me arrancou os neurônios, sugou o sono e as secreções dos olhos, que tão secos ardiam, e me jogou em horas que corriam sem ver, até que eu fui parar naquele banco e mal conseguia falar. Tinha um receio ali, pensando que era um fim que poderia ser bom, mas era um fim. Fechar ciclos às vezes me apavora, porque perco a estabilidade, que também me apavora. Acho que tudo me apavora - as pessoas no mercado me olham, penso se meu rosto estaria sujo, o zíper aberto, se haveria merda de passarinho no meu cabelo ou se o cabelo estaria mais desarrumado que o possível e normal, ou então se simplesmente haveria algo de errado que não sei, ou que não se sabe, explicar. Os sintomas, as confusões são sintomas, no plural; a gente consegue mesmo sentir quando estampa na cara os deslizes e preferências, ou o prazer de certas companhias? E se sim, será que é por isso que às vezes vamos embora sem precisar ir, apenas para fugirmos de nós mesmos?
Não consigo decidir entre escrever em primeira ou terceira pessoa. E se fosse só essa a dúvida, seria o de menos.

sábado, novembro 28, 2009

Dia do Branco ou em Branco?

Engraçado como as coisas acontecem e, em suas coincidências, são até engraçadas. Tudo conflui para um mesmo lugar, talvez.
A sobrevida do sentimento é o contato. Mais que afirmar, pergunto, porque houve dias em que me esquecia, quando encontro nenhum contato mínimo era estabelecido.
Eu sinto, sinto muito, sinto com uma força tremenda várias coisas - um sono desumano. E senti uma sensação de vazio tão forte que, se tivesse corpo, seria toda branca, quando cheguei ao fim de um trabalho tão árduo. Por um lado, libertara-me de um peso, mas por outro já não sabia como prosseguir, de tão livre. Poderia talvez voar?
Há pessoas que me põem sorrisos nos lábios de uma maneira inexplicavelmente inevitável. Outras estão transitando, em transição, mas vejo que também não se desvencilharam, não desatam os nós das relações. Estamos vivendo na inconstância, mas desta vez não estou tão perdida - só preciso escolher entre dois rumos.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Como o primeiro gole...

Como o primeiro gole de café do dia; essa sensação de plenitude é o que se sente face ao prazer de completar satisfatoriamente aquilo a que se propôs.
Gastas minhas palavras, sou apenas exposição de sentimentos. Afinal, a recompensa foi um sorriso e uma esperteza que surpreende.
Agora continuo em trabalho de parto; de fato, aquilo que ocorre nas pequenas ações se amplifica pela vida toda. Minha expectativa se consome e cai na memória; pelo presente, que não existe e não em extensão alguma, meu futuro é impelido para o passado.
Mas nada como a sensação de viver.
Um suspiro é o que esse dia merece. E amanhã tem mais, sempre tem mais. E lembrando toda a preparação, acho que Led Zeppelin me inspirou.

quarta-feira, novembro 25, 2009

All the small things.

mas eu sei, amanhã estarei desesperada, com a maior sensação de "porque escolhi fazer isso?"; "porque não abdiquei do que não era necessário?

Algumas reflexões têm até servido; algumas coisas na aparência voltaram aos velhos tempos. Justamente agora estou a pesar se vale mais ir com calma, aos poucos, ou tentar um tudo ou nada. Bem, é preciso esperar ver como as circunstâncias se comportam para tirar as conclusões: de que vale um saber que não pode se voltar à experiência depois?

É, bem vi que tudo ao mesmo tempo não é possível. Alles zu seinen Zeit...
mas é muita canção; elas são exemplo e refúgio, sempre. Pra tudo.

sábado, novembro 21, 2009

Um título para depois

Engraçado como agora eu vejo que eu sempre vivi num mundo meio fantasioso, esperando coisas que então vejo serem descabidas, pelo simples fato de que eu mesmo não as faria.
Mas se criaram também muitos conflitos...
Acho que o maior deles se resume às conseqüências da passagem daquele mundo Ideal para o Efetivo. Tudo bem, agora eu sinto e não apenas penso, mas em que medida também será isso bom? Sinto e penso que vou perdendo as ilusões cativas e, com elas, um pouco daquela graça de crêr num inesperado - esperar o inesperado. Tornar-se efetivo, real demais, me faz também me sentir um pouco tolo quando me pego imaginando algo.
E, por fim, entrar na Efetividade é perder a desculpa sempre concedida pela própria fantasia - é sentir a beleza e o gozo de quando as coisas funcionam, e a responsabilidade de quando tudo se quebra.
[Pensando bem, talvez chova e o que eu precisava fazer hoje: lavar umas roupas.]
E o mais estranho é que é como se eu não falasse mais por mim; em meu lugar, um Outro, que começa a se mostrar, põe voz nas palavras.

Toda Moderna que se preze

diz que gosta da Kahlo. O problema é que até somos parecidos, quando é possível enxergar. No mais, tenho idéias, estratégias até, mas uma preguiça me prega; quer dizer, nem é preguiça, é um senso de "será que vale a pena?".
Não sei porque, mas a resposta é sempre não. E depois penso, e encano, e encarno várias interpretações. Respondi-me hoje: não dá mesmo pra pôr a culpa em terceiros; acontece o que nós levamos a acontecer.
E ocorre que eu sempre me arrependo. Sei lá, sei lá; hoje foi um dia bom e quase produtivo, não obstante cansativo. Acho que é a expectativa que me tem cansado, algumas coisas virão, e eu aqui - pensando nelas, em quanto é preciso que eu me saia bem.
Sim, olhando com calma algumas evidências, surgem semelhanças de pensamento. Algumas ideias eu até acataria, mas outras, como aquele momento de pausa que parece tão calculado, esse eu passo.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Planta e jardim.

É preciso cultivar.
É preciso cultivar: plantas e jardins.
Mas como é difícil semear, regar, esperar crescer,
ter cuidado e atenção aos detalhes
para não passar por cima de brotos ainda escondidos,
não evidentes.
E como é difícil vê-los crescer um pouco feios,
frustrando expectativas,
quando se queria tudo intenso e colorido
e arrebatador.
O verde seco não causa admiração
nem as folhas ruças, opacas,
sem vida apesar de água e carinho.
Quanta desilusão pela espera,
pela aposta no florescer, desabrochar;
é por isso que muito se esqueceu de jardins e plantas,
nessa selva de pedra e asfalto - não falta espaço, terra, mas coragem
para assumir a expectativa de uma empresa perigosa em seus riscos.

Andei plantando umas mudas,
que, de fato, tão mudas eram que nunca se expressaram a mim.
Abandonei-as quase completamente,
não as molhei mais, não preocupei com o alimento
nem com o sol em excesso ou falta,
embora soubesse que elas nunca me pediriam para voltar.
É estranho que possa haver coisas que,
por mais que nos doa perdê-las,
jamais sentem dor se as abandonamos.
É estranho que não sejamos insubstituíveis,
indispensavelmente necessários
para simples e frágeis plantas,
que preferem morrer a pedir ajuda.

Acho que eu precisava de algo que me fizesse sentir
mais importante, e me chamasse de volta pro mundo.
Esses jardins têm me feito duvidar até de mim mesmo.

Eu não entendo e tenho raiva.

Raiva? Não sei, mas algo por dentro se agita e quer entender os porquês. Havia me esquecido de como é difícil esse negócio de alteridade; as pessoas são difíceis, eu sou difícil, e tudo se complica.
Ora, pôxa vida...tenho dado passos em falso, caído em armadilhas para as quais rumei porque quis; depois vêm as considerações que são como um tapa na cara. Um tapa na cara, mas ao mesmo tempo há a consciência de que atitudes têm consequências e chances de dar certo ou não. E como não podemos nos furtar também da convivência com os outros, são inevitáveis as interrupções e tropeços. Há a sensação de que seria melhor se fosse ao meu modo, do meu jeito, mas quem saberá dizer o alcance disso, e se isso não é apenas um modo de responsabilizar terceiros pelos rumos que talvez não pertençam senão a mim e minhas escolhas?
Em pouco tempo já fiquei cansada, e consegui fazer quase nada hoje. Busquei saídas, não resolveram tanto assim. Mas essa madrugada há que fazer render minhas palavras, embora eu ache que nem tão cedo vou me libertar da sensação de ser um idiota.

domingo, novembro 15, 2009

Sobre ser responsável sobre aquilo que cativas.

Bem, agora são duas décadas então. Passei os últimos dias fazendo um balanço de tantas coisas que aconteceram ao longo disso; foram muitas, eu sei, mas as conclusões brotaram nessa que é minha origem - esses são e foram tempos de cultivo. É difícil essa arte, cansativa, logo eu, tão impaciente; mas o efeito que certas ligações (em todas suas acepções) têm nos põe de frente ao valor desse cultivo.
Há um calma hoje, dormi bem, não consegui acordar cedo, mas como se diz: antes tarde que...
Respiro fundo, olho para os lados, e quase sorrio. Por dentro, porém, há mais que sorrisos - são quase agradecimentos.

sábado, novembro 14, 2009

Lembranças.

O que é preciso pra fazer agir? Um passo.
Passo em falso; levantar.

É preciso pouco, na verdade, para ser feliz.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Quantas coisas

Que dão errado; porque há escolhas então?
Tá um pouco difícil, sim, tá confuso; pense, pense, pense. Não olhe, as pessoas não são mais capazes de olhar nos olhos. Elas fazem muito barulho por nada. Elas não nos cumprimentam mais, ou não nos conhecem? Elas se esquecem de pequenas coisas - com efeito, sei que nada houve de grandioso e extraordinário, mas então a gente deixa que tudo mesmo se perca, até a educação e a amabilidade que eu julgava serem características?
Em vésperas, pensar nessas coisas é mexer no vespeiro. Uma merda, enfim.

Sobre Cochichos

isso modifica minhas intenções, e me faz perder novamente algo - respeito, admiração, carinho? E que mais poderia ter sobrado? Com efeito, que esperar disso?
E porque ligar? Talvez pelo fato de ser tão descarado, tão explicíto; é quase uma subestimação. Acho que é o pior. E não há palavras a serem ditas, isso chega a doer. Porém, tudo passa, penso; e posso mudar.
Changes. Changes. Changes.

domingo, novembro 08, 2009

and he was alright.

"Alles zu seinen Zeit."
As coisas parecem acontecer em espaços longos, mas no fundo é a questão do inesperado que faz perder a noção exata. Ontem foi há mil anos, e hoje à tarde, quando o gosto de remédio ainda se fazia sentir na boca, escrevi poeminhas, emails em outra língua, como há tanto tempo não fazia. Ouvi Cure em vez de só Bowie, dormi no início da noite, e agora tenho vontade de comer doces. Fiquei feliz com as notícias, menos pelas notícias mesmas, e mais por o que elas querem dizer - consideração.
Afinal, são quase duas décadas, acho que é tempo de parar e pensar um pouco nas coisas nesse meio tempo.

segunda-feira, novembro 02, 2009

High and Dry

- Mensagens são curiosas. O corpo nos manda mensagens; que será então que uma dor de garganta quer dizer? Pra falar menos (menos ainda?) e tornar-se mais introspectivo (mais ainda?)?
- É isso que dá ouvir tudo o que se diz.

"vagando entre os astros nada me move, nem me faz parar."

Tô cansada, e isso porque fiz nada nesses dias. NADA mesmo, tô até preocupada. As coisas se acumulam em relação ao meu pequeno planejamento para esse feriado, e agora, me pergunto? Fora o medo de nada se resolver, e ser preciso mais tempo, mais tempo. Parece que não há tempo; com efeito, o que era futuro se desenvolve, tornando-se presente brevemente, pra depois cair no passado. Tempo, tempo...Agostinho tinha tanta razão quando pôs tantas coisas implicadas ao se falar indiscriminadamente do tempo, pois que não se o conhece de fato - de que adianta perguntar sobre o tempo ontologicamente; quem saberá respondê-lo?
Pra variar, ouço Bowie. E faz um calor insuportável, estou cheia de marcas, cheia de incertezas, e frágil, sensível como numa tpm fora-de-época.
[...]
Se não há como dizer o que é o tempo, ao menos se sabe que há uma passagem. Dessa passagem eu quero o fim - quero que as coisas que doem acabem logo. Sei lá que vem depois, mas tomar um copo d'água sem queimar a garganta já seria um começo estimulante.

terça-feira, outubro 27, 2009

Tudo o que a gente não sabe

às vezes, sequer um nome. Eu esqueço certas coisas fácil, fácil...nem sempre quando quero.
O que é proposital, e o que é coincidência? A curiosidade pode conduzir a escolhas que não teriam sido tomadas outrora?
Será que seria melhor não saber, pra poder acreditar?
Perdi um tempo danado com essas bobagens. Perdi um tempo com isso, como recuperá-lo? Não há nada que valha tanto a pena...Hoje nem estava tão frio para justificar tanto agasalho, a não ser que fosse pra se esconder dos outros e se guardar pra si, ou pra se mostrar pros outros, esquecendo-se de si...mas parece um egocentrismo infernal.

Por que é que a intromissão na vida alheia ajuda a encontrar respostas?!

sexta-feira, outubro 23, 2009

Just for one day,

we can be heroes, just for one day.
Bowie no ônibus; de repente, não mais que de repente, a música toca. Mas parece que era por ela que eu esperava o tempo todo. Bowie. café. livros. a existência é boa, quando é do jeito que a gente quer. E tem o conteúdo, para além desta forma: questões; Agostinho, Hegel, Kant, Rousseau. Sabe, não é mera erudição, exposição de erudição: é a parte de boa da vida. Ligar e ouvir uma voz que acalma, ter boas notícias, ver as coisas se resolvendo, tudo se aclarando. O bom de fechar ciclos é isso; alguns resultados se tornam aparentes e, de tão satisfatórios, fazem sentir: valeu a pena.

terça-feira, outubro 20, 2009

Cure.

Ia fazer dez dias que eu não escrevia aqui; de repente, eu havia me esquecido disso. E estava me fazendo falta, ainda que sem perceber conscientemente.
Tanta coisa pra pensar, oras, quantas coisas acontecem no espaço de uma música; quantas memórias. E quanto tempo haverá ainda para que se possa conhecer a si mesmo? Digo por mim: cada situação é uma descoberta. Quando, no meio da noite e da multidão, percebi que fugira ao meu controle, e que haveria que me parar, senti a mudança, a face desconhecida até então. E não bastasse isso, não havia como parar o mundo para decidir o que fazer.
Ai, ai...há um desconsolo, cansaço, descaso para a noite lá fora; acho que tudo é tendência à inércia. Pois não é que o dia reserva também surpresas, e eu sinto vontade de tocar um violão, ficar de olhos fechados, bem fechados, e dormir um pouco, até que seja depois, ou antes.
[...]
Houve uma pausa para pensar com prosseguir no fluxo do texto, até que uma música me alcança e eu disparo, lembranças disparam, díspares. Engraçado, parece que esta época do ano passado se repete, e consigo, por assim dizer, ver de fora. Mas algumas coisas essenciais mudaram - e penso então no sentido desta última frase: como dizer que coisas essenciais mudaram, se o que é essência não muda, se a substância é imutável?
"Fate, Up against your will".
mas os dias andam bons.

domingo, outubro 11, 2009

Quando conheci Cartola

quando a tarde vai morrendo, é na hora da ave maria que o silêncio mais grita; ora um A prolongado, ora um OH de igrejas medievais. Tenho dormido e não consigo parar de ouvir O Mundo é um Moinho. A música é tão leve, arrastada, a voz é agradável, e me lembra noites que passaram como brisas. Mas é lindo, e a vida é boa, e se desdobra em esquinas e cruzamentos.

"de cada amor tu herdarás só o cinismo..."

Ai, e não é que a gente se surpreende, tudo é novo, no fundo. "Mal começastes a conhecer a vida..."

quarta-feira, outubro 07, 2009

Não consegui ainda

escrever sobre o que precisava...prova amanhã, acordar cedo. E
resolver algumas coisas, espero. Depois...que que vem depois mesmo?
Ando confusa, me confundo enquanto ando;
tem alguma coisa errada por aqui! Mas aonde?
Para
onde
isso
tudo
vai?

segunda-feira, outubro 05, 2009

Sereníssima...

...homens são lobos, parece que disse Kaspar Hauser. Se disse, de fato, não sei; mas que é de direito nosso mudar de opinião...bem, isso é verdade.
Difícil tem sido falar sobre a rotina ou a pensar; tudo tão rápido; as ligações de amanhã já são as de hoje. E perdemos rostos, algumas vozes, mas o tato ainda sobrevive...um pouco, na verdade, até que outra sensação venha suprimir-lhe.
Procuro músicas, e invento situações. Engraçado como tudo se degenera - não num sentido estritamente negativo, mas no sentido de que tudo muda.
Perdi por esses dias a visão da barba por fazer, do rosto chupado, mas em troca outras visões se me ofereceram...nenhuma parecia aquele "quase-poeta" (pois acho que, no fundo, escrever não lhe é caro) perdido e encontrado nas próprias afirmações tão seguras, mas outras figuras, formando um quadro belo, como há tempos não se via. Meias brancas, cabelos crespos, olhar curioso e um pouco insistente. Bancos deveramente escondidos que suscitam curiosidade.
Há tempos tive um sonho...não me lembro. Perco também o nexo quando penso em me organizar. Perco o controle depois de ver as saídas estreitas.

quarta-feira, setembro 30, 2009

A vida é breve, a alma é vasta.

Barba mal-feita, os sulcos da bochecha são salientes. Será que é cigarro? Surgiu no corredor, veio vindo, parou para olhar algo...não sei o quê, mas foi a mesma coisa que fui olhar quando do segundo encontro inesperado. Nada sei sobre, além do que está explícito, tão explícito. Ai, mas bate a curiosidade, e isso é o inferno então; pensamentos surgem. O rosto sério volta à mente, as palavras ditas com lucidez e segurança, incompreensivelmente cognoscíveis...profundamente os olhos chegam, mas eu não consigo manter a fixação no horizonte; tremo e disfarço...enquanto penso, e não concluo, apenas conjecturo. Mas hoje, quando do nada apareceu a figura que mal reconheci, diferente do de sempre, pensei que fosse mais que coincidência, uma estranha harmonia de sentidos; pareceu por um instante uma convergência de pensamentos, como se ambos encontrassem o que inconscientemente procuravam.

terça-feira, setembro 29, 2009

de repente bate

uma saudade, ao molde daquelas de novelas e canções, de despedaçar pensamentos e deixar raciocínios soltos na noite; por tudo, pelo que foi e pelo que não foi. Vendo o passado, a insegurança é terrível....será que quem olhar pra trás realmente vira estátua de sal? Ora, que é de nós se não houver a iniciativa de rever os erros. Mas - me questiono - se houvesse um novo começo, agiria eu diferente?

Fecho os olhos....custa ou não custa pensar? O custo é a dor.
Rostos tão antigos, e calmos. Esforço intelectual, comunhão de interesses; quando o homem integra os interesses à vida, o amor próprio transforma-se em amor de si, já dizia Rousseau.

Infinito...paradoxo, longe, longe aqui do lado. Não entendo nada disso, ou tenho medo de entender? Já passou, já passou...quem sabe outro dia...

Sereníssima, ou, quem olhar pra trás vira estátua de sal? Ou sobre como condenar o arrependimento...

segunda-feira, setembro 28, 2009

Fora do controle

só no filme. Aqui, me perdi um pouco com os horários...esses dias que não têm 36 horas...
Mas as pessoas podem, às vezes, proporcionar tanta inspiração! Meu lado flâneur se aflora quando estou sozinha, ou fico sozinha para melhor desfrutá-lo? Não sei, mas pela avenida, à noite, eram rostos desconhecidos que sugeriam histórias, e em casa, na madrugada, era a invasão ao mundo alheio que sugeria estratégias. Antes disso, quem poderia imaginar?

Meus escritos andam me deixando a desejar...talvez seja hora de ver os de terceiros. Não sei se falta tempo, parece que as idéias travam. Trave, em espaço pra gol. Vai dando um sono, mas quero ler, e pensar, e comer algo doce, mas tudo para. Concluo - acho que por aqui está tudo fora do controle também.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Sobre espaços locais.

Aqui dentro, lá fora. Distância entre dois pontos que nada tem em comum, ou tudo? Espaço é também tempo.
No espaço de dois segundos, um espaço fica vazio, prestes a ser preenchido pela curiosidade, por pensamentos medrosos, pela imaginação...o que será disso tudo?
Estive tão cansado essas noites e esses dias, que eram um a continuidade do outro sem interrupção, sem calma, ou às vezes com calma demais. Olho para fora não para procurar algo, mas tentar me achar. No frio os dedos gelam, os músculos contraem, e em golas aparentes parece haver um pouco de calor, ou em listras da zebra...que também deixou um espaço vazio.
Talvez sejam uns dias de vazio também.

terça-feira, setembro 22, 2009

Porque toda a noite, a noite toda.

O que eu quero é não-dormir, nada como o silêncio pra poder pensar. Vejo o passado, ponho na mesa minhas cartas - vou escrever sobre liberdade. Teorizar apenas? Não, é preciso vivê-la.
Passe amanhã...toda dor passa. Passa aos olhos de outra dor; remédios são outra dor, outro encontro.
Am abend...ich sehe...aber habe ich Nichts machen.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Já passa das cem.

Já passa da uma, daqui há pouco são duas já. Ai, que cansaço, mas se deixar o sono derruba, por isso vai umas horas à toa aí?
Lá fora tem uma leve garoa; a gente nunca conhece as pessoas! A surpresa é boa e engrandece, mas até que ponto? De fato, quando se mudam as opiniões sobre terceiros, não é possível sair incólume.
A nada nos é possível sair incólume, acho que a verdade é esta. O tempo todo há modificações, e mudanças que pressupõe uma matéria anterior. Mas parece que nem lembro bem como eu era antes de tudo isso.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Por hoje [3]

E por ontem...tudo (quase!) está se repetindo! A mesma música que retorna à cabeça, as mesmas atitudes inexplicáveis, descobertas magníficas e ínfimas.
"E se eu for o primeiro a poder desistir do que for dar errado?".
Repetir-se-ão até à exaustão essas situações? Desespero, parece que nada tirei que possa me ajudar a não repetir os mesmos erros de novo, amanhã...Pôxa, pôxa.

Por hoje [2]

Já nem sei mais o que procuro.
A mesma velha história que se arrasta por quase mil anos...quem saberá resolver? Engraçado como as coisas acontecem meio que na contramão, e na compensação de um o outro se desequilibra.
Porque agora, depois de passado um breve tempo - algumas horas - acho sentido em tudo? Não haveria apenas necessidade nas ações, sem concurso da vontade? Como saber? Será...talvez?
O céu não responderá, não dará o sentido, o melhor modo; o caminho das pedras ninguém ensina. Encaminhar-se para lá, no momento do meu movimento, era puro acaso ou fruto de uma vontade?
Um cansaço impede de pensar às claras, mas novamente a escuridão pode abafar por um breve tempo a ausência igualmente breve. Afinal, quem determina o valor temporal senão o próprio sujeito, em suas ações cotidianas - Ai, escrever não tem rendido ultimamente, parece que esqueço um pouco o projeto inicial. São grandes as dificuldades de concentração, de verdade. O sono bate e foge.

Por hoje

O que temos? Amora no pé, um silêncio um pouco vago, sorrisos inexplicáveis, encontros inesperados ao pé de livros. Prestes a sair, caí de encontro com a escuridão, mas nela não me perdi, uma vez que me deu novos rumos. Mas é difícil abandonar os antigos, bem sei, ainda mais quando eles se nos oferecem tão desinteressadamente.
Parece sem nexo, mas o dia foi bom. Acho que quando Hegel concebe um ideal de Liberdade cujo paradigma é a Grécia, trata-se da Liberdade executada, ativa, efetivada. E pesquisá-lo, então, torna-se mais que teorizar sobre a Liberdade; é preciso, pois, vivê-la, com o vento no rosto, sem medo do ruído das teclas - não há porque temer gritar ao mundo. E sem poeminha, porque hoje minha inspiração é mais bruta, resolvendo na força os problemas. Só na vergonha surgiu um pouco de delicadeza...

quinta-feira, setembro 10, 2009

Deixa passar

deixa o dia clarear;
daqui a pouco vejo o sol nascer
da janela,
surgir por entre os prédios numa manhã
clara e amarela.
Quanta coisa mudou; escrevo e apago, pensando se não seria melhor deixar, para comparar com o amanhã. É que, também, amanhã já se tornou hoje.
Podemos nos modificar até quando? Até perder o tom da pele, esquecer o som da voz, não resgatar da memória o rosto. Mas e a lembrança, e a torcida, como fica? Não passam, estas. É bom saber que, mesmo sem o desejar conscientemente, as coisas se encaminham. E sentimos orgulho pelas conquistas alheias, é fato.
E não me diga isso, não reclame do que não me cabe. Tenho meu egoísmo.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Como é a curiosidade que te move?

A minha faz coisas inacreditáveis...E mais inacreditável ainda é o efeito do inesperado; traz a distração que faz sujar os sapatos na terra molhada. É preciso, pois, lavar a alma, não do pecado, mas de toda...preocupação.
De onde vem a calma, já dizia a música? Barulhos por todos os lados, por dentro, carne mal-passada.
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil
[...]
Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
Não vou ceder
Deus vai dar aval sim
O mal vai ter fim
E no final assim calado
Eu sei que vou ser coroado
Rei de mim.

domingo, setembro 06, 2009

Para não transformar refúgios em canções.

Sentimentos em tristeza não-reconhecida; há aquilo que escorre pelas mãos, já dizia a música. Nada como certas palavras; e quero acreditar que a maior parte das coisas com as quais me preocupo agora já não terão tanta importância daqui um tempo - não vale a pena. Não vale a pena, Maria Rita cantava.
Como um verão, fez calor hoje...no ônibus eu sentia um gosto de café amanhecido.
Pela janela do quarto, pela janela do carro...eu vejo tudo enquadrado...remoto controle.
Tempo!

terça-feira, setembro 01, 2009

"Que é uma pena

[...] Não vale uma fisgada dessa dor."

domingo, agosto 30, 2009

O que nos é possível apagar

Até tornar a vida mais perfeita?
Ausência de sono, mas são boas as coisas que põem a mente pra trabalhar; às vezes só dá um medo da conseqüência de ver o sol nascer tão lucidamente.

sexta-feira, agosto 28, 2009

O Não é consciente do sim?

[ou to the other side]
Será que em todas as negações está implícita a consciência do que se deseja? Escolher o caminho da direita implica saber que não se vai pelo da esquerda, de fato; mas poder-se-ia aplicar o mesmo raciocínio às relações humanas? O fato de não olhar, de olhar para o outro lado, pode ser consciente?
[...]
Pois que se nega, muitas vezes, aquilo que se quer esquecer, e que, por um motivo qualquer, incomoda, e que afeta o dia quando está presente. Portanto, a negação é, nestes casos, a tentativa de ser indiferente ao que não nos é indiferente.

sexta-feira, agosto 21, 2009

A vida

É uma bosta, uma droga; uma chance, meros fatos e sorrisos e olhares nos corredores (corre!), e não-olhares, de longe, longos, cabelos longos, e passos curtos, e sorrisos curtos, e o ouro curto. E outro não, a raiva explode, como que fosse tudo paroxítonas e poesia. De verso em verso há que se prosear, em sentido mineiro ou afoguear rostos afogueados. Mas que não haja o baque, são os últimos instantes do último semestre? Dos últimos seis meses? Das nossas vidas? Para onde ir depois; Fortaleza, Londrina, destino. Cada um é responsável, sempre, nem que seja pelos últimos sons da vida.
O que é a vida?! Passo, ponto, vírgula, canção ritmada, coração disparado. Tristeza de não ver, não ser, não saber, buscar e .

quarta-feira, agosto 19, 2009

A Vinçança Interna; o Não, Silêncio.

É aquela que se realiza nos dias de importância, nos atos de negação. É fato que toda negação não deixa de conter a própria tese, mas só a partir disto se cria o movimento. Porém, a vingança interna é eterna, pois que não se dissipa, e o que se sente quando se é o objeto de vingança, uma vez que se é merecedor do próprio destino, é a angústia. É o sentimento de Dor, talvez de culpa, mas é - sobretudo - o sentimento de Vida. No Morto não há movimento.

terça-feira, agosto 18, 2009

Sorry for laughing.

There's too much happening.

Receita

não para o ano-novo, mas para os recomeços.

Há um deslocamento inicial, mas sentir a noite foi bom. Ver as luzes, o silêncio da manhã, acordar com o sol. Pode ser que haja grandes mudanças, ou grandes decisões, ou grandes permanências. E grandes grandezas do ínfimo, no íntimo do ser. Paciência é pensar; paciência pra pensar.

No corredor, presenças fortes. Visão periférica indica que sim, mas havia outra prioridade momentânea. Preparar para o retorno - jogar com meus próprios rumos. Escolhas.

sábado, agosto 15, 2009

domingo, agosto 09, 2009

E se...

Ai, nem sei...é difícil até fazer hipóteses pras coisas irremediáveis.
Quanto mais penso, quanto mais vejo, quanto mais vivo, mais confundo, mais confuso é o que é externo a mim, e incompreensível o interno.
De que adiante pensar se pudesse haver um novo recomeço, não partindo de dois anos atrás, mas de uma vida inteira?
Ora, puxa...essa madrugada rende. Rende que é uma coisa.
Just like heaven.

sábado, agosto 08, 2009

Just Like Heaven

You... soft and only; you... lost and lonely; you... strange as angels. Dancing in the deepest oceans, twisting in the water, you're just like a dream.
Just like I have a dream.

quinta-feira, agosto 06, 2009

[Com um pouco de dor de cabeça]

E dessa vez nem é só por pensar; é mais pelas circunstâncias, pelos novos sabores e temperos, aromas e lugares. Mas as pessoas são as de outrora, e sempre.
O pensamento é necessário para descobrir o subentendido, uma vez que compreendê-lo, desvendá-lo totalmente impossível é - é como se fosse uma grande brincadeira, cuja graça da piada demora-se para perceber pelos sentidos cansados; mas quando percebida, faz sorrir quando se desperta no meio do noite, insone.

Algo se desconectou; essa falta de sincronismo é empecilho, mas passível de ser solucionada. E, bem, no fim das contas, ocorrem tantos acertos no escuro que...nem sei mais.
Algumas coisas terminam pra dar espaço a outras. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço, já diziam.

E no fim da tarde há sensações e alegrias, nas companhias de ônibus e calçadas.
Preciso de um café.

domingo, agosto 02, 2009

Do que você precisa

De algo mais que fotos, imagens. Pessoas não são papel, oras.
São companhia, mesmo que não frequentemente. São o gosto agradável de caminhar por horas contando boas novas, ou então, fazer nada por horas falando das mesmas coisas de sempre...mas que estão lá. O que você precisa é aquilo de que todos precisam - um pouco de maturidade nas horas certas.

Por aqui, tudo na mais eterna suspensão. Em estado de suspensão não se tomam decisões, só se fazem conjecturas e tem-se insights milagrosos, quase. É bom poder dormir até tarde e saber que há quem zele por seu sono.
Filme em língua estrangeira na madrugada - já disse que meus pensamentos estão quase poliglotas; wunderbar, zehr gut!
Eu acredito em melhoras que vem de dentro, em primeiro lugar. É pra isso que é bom tanto silêncio e calma. E gatos caminhando, e caminhadas. E risos em casa, doces.

domingo, julho 26, 2009

Pois veja só

She likes "metal"...she lies...Não sei...pensamentos poliglotas.
Enfim, há quem dê nome às coisas e facilite a curiosidade que brota do nada. Acalmei-me; já pensava: o que faria se fosse...mas não é.
Voltemos aos estudos, aos textos, aos trechos, aos tempos. À chuva que ouço lá fora, mas o mundo parece mais nítido. Engraçado pensar que tudo o que é demais não dá: até meu óculos, forte demais, estragava minha visão. E resolveu-se isto, ao menos; faltam algumas outras coisas.

Ai não...

Quem procura acha, sempre penso. Porém, só pra viver depois de morto é que não se remedia, mas será que alguém vai querer isso depois de morrer mesmo? O que me importa é quem vive, o que vive, bem vivo estou.
Mas as mãos não eram aquelas que pensei, não. É fato que parece uma provocação e um aviso, mas quem procura acha. E ter o que, no fim das contas? Histórias pra contar, pra não contar porque foram descobertas encobertas?
Ai, não...nem sei mais. Tá tudo tão bem, que nem sei se quero mexer nisso...que não me diz respeito, diga-se de passagem. C'est-a-dire, por enquanto. De fato, é tão difícil de compreender, parece um laço que não se desfaz, mesmo depois de tanto tempo. Ai, mas quanto tempo mais durará? Acabará? Ai...

quinta-feira, julho 23, 2009

Até que alguém venha me dizer que já é tarde...

Vou escrevendo. Hora de pôr no papel mais que as reflexões sem nexo aparente; hora de mostrar serviço, dir-se-ia. Porém, não há nada de muito mal nisso, uma vez que é uma oportunidade exemplarmente boa para organizar os frutos de leituras ao longo de um semestre.
Sobre judeus e um filósofo alemão do fim do século XVIII, quantas coisas rolaram, quantas ligações foram estabelecidas mas não aprofundadas pelos seus sucessores? A oportunidade de fazer algo novo, de criar algo novo surpreende e instiga...na madrugada, na cozinha de casa as idéias vão surgindo.
E entre lembranças, leituras e confusões constroem-se momentos, e para além deles, quem sabe alguns escritos importantes...

domingo, julho 19, 2009

"No mais, mesmo, da mesmice, sempre vem a novidade.

Só a vida é que tem dessas rústicas variedades. Eu ponho a mesa e pago a despesa."
Com Guimarães explica-se a surpresa - ora, vejo que rimo sem querer.
Tempo é preciso, silêncio é remédio. Sono cura, filosofia é hospital.

sexta-feira, julho 17, 2009

Frases, fases.

Sobre o que eu não publico - é o que faz mais sentido.

quarta-feira, julho 15, 2009

Quantas reticências!

Mal dá pra contar; tudo estava e esteve em estado de suspensão, percebe-se.
Barulho de ventilador é coisa irritante, mal dá pra pensar e escrever um email simples. E coisa boba se torna demais, então.
Mas sabe o que há de melhor? Espreguiçar-se no sol, feito gato. De olhos fechados, sentindo o cheiro da quentura. Como fazem os gatos.
E com a displicência que só os gatos sabem ter. Mas pra eles as coisas não merecem reticências, e sim ponto final. Elas são o que são, e ponto final.
.
.
.

[Mas parece que tem uma veia poética prestes a se perder.]

sábado, julho 11, 2009

Chuva e...

Chuva! Chuva, pingos na janela, café, cappuccino, meias, cachecol, show dos Bee Gees. Roberto Carlos especial, algum filme alemão. Internet clandestina, risadas. Sono, sonhos com caixa de ovos, caminhão, maluquices.
Tempo, quase um mês pra ler, descansar, escrever. Caminhadas no fim da tarde, o sol se pondo despercebidamente. De repente é noite, é preciso voltar por caminhos mal-iluminados, é preciso chegar em casa e tomar um banho quente. Sobretudo, é necessário ver os sorrisos que brotam em casa; como isso aquece.
Há quanto tempo já não tinha isso! Quantas coisas enterrei; quantas coisas quero reviver.

Respiro fundo. Olho minha gata se espreguiçando no sofá, pêlos cinza-marrom, pescoço branco, brincadeiras com bolinhas de papel. Já não era sem tempo...

terça-feira, julho 07, 2009

Tape os ouvidos...

E os olhos! Quanta coisa que se vê, que se ouve e se lê; por um instante quase até acreditei. Quase!
Ora, e que é que teria significado aquilo (e não isto, porque se fosse isto estaria próximo, talvez até demais...)? Um livro que todos lêem, frases feitas retiradas de sabe-se-lá-onde...Já houve uma demonstração de que não se deve confiar em tais palavras que contradizem o que outrora era, quando conhecido. Escrevo pra não entender, será?
Demonstrações das quais falo foram as mais simples, não as gritantes e consideradas impactantes. Perde-se algo não apenas no momento da quebra - de confiança, de respeito ou admiração - mas nas ações cotidianas que dão a conhecer a essência, para além da mera aparência. Na aparência; superfície; isto pode parecer rancor, mágoa; mas na essência é apenas incompreensão e, confesso, uma curiosidade vaga de entender, acho que nem de encontrar um porquê ou respostas, embora pra tudo que há uma pergunta haja, necessariamente, uma resposta.
É que a imprevisibilidade do humano - demasiadamente humano - me intriga. Tanto e tanto...

(Pra quem ler?)

sábado, julho 04, 2009

Como voar acompanhado de mil pássaros.

O gosto da comida e o sono na total escuridão. Não vejo mais o pôr-do-sol poluído, mas tenho um clima úmido. 
E tenho dormido bem mesmo com as janelas fechadas; talvez porque aqui sinta que as coisas não me escorrem 
pelas mãos, estão ao meu dispor a qualquer momento. A vida pára um pouco, mas a sinto mais intensamente.

Sem acentos em certas coisas necessárias, mas com o canto que flui em todas as horas. Há coisas que estão
presentes em todos nós, é impressionante; nos fazem pensar.

Pois não é que foi o tempo que perdi com minha rosa que...

quarta-feira, julho 01, 2009

Enfim...

Mudanças são bem-vindas para a superação dos fatos. Passado. Superar depende muito de uma disposição interna.
A janela mostra um mundo novo. Insônia e lá fora folhas amareladas; parece outono mas não é, já é inverno. Engraçado como agora o Outono não me parece mais algo tão ruim, mas hoje o dia inspira a elevações de espírito. Fim de ciclos, preparação para enterrar de vez as coisas que ficarão apenas na lembrança...se hoje são doídas, amanhã serão experiência.
Eu vou descobrir um mundo novo no meu mundo. Só isso. Feito das mesmas pessoas, das mesmas coisas, nos mesmos lugares, mas a imprevisibilidade me faz crer num novo mundo. Respiro mais livre, e espero meu retorno. Deixar de ser incomodado por certas coisas depende de nos livrarmos dela - mentalmente, ainda que existam materialmente; e, pois, se continuarão a existir materialmente, que se dê um jeito de superá-las.

segunda-feira, junho 29, 2009

ela não é daquelas (pt. VI)

Um tempo, o tempo; transitando entre o indefinido e o definido, a existência se estende e destoa do instante anterior.

E se prepara para retornar.

quarta-feira, junho 24, 2009

ela não é daquelas (pt.V)

A coerência...a coerência é a chave de tudo. Ainda que toda coerência seja suspeita, é difícil não a exigir em certos momentos. Escrevendo loucamente, vou tecendo minha interpretação sobre tragédias gregas e afins; Empédocles e seus excessos, sua necessidade de sacrifício, sua relação entre poesia e filosofia. E com isto, tal qual o poeta trágico, distancio-me um pouco de mim mesmo, a fim de alcançar a maior intimidade com o Todo - é preciso esquecer que se é parte.
A saga continua enquanto tudo não se resolve. Feito de contradições, mas buscando a coerência, minhas atitudes me colocam face ao que eu nem conhecia em mim mesmo. São dias intermediários ou determinantes? Minhas contradições face às de alheios - até onde é possível aceitar as diferenças?
É difícil pensar tanto quanto o é não pensar nisso. Aprendi com Hölderlin o quanto a Filosofia é um hospital onde me refugio.
Faço pausas, aprendo a pensar em Alemão. Sigo um ritmo, construo uma saga; os personagens se vão ou eu os excluo? Ainda não me decidi. Há sempre algo que me escapa.

terça-feira, junho 23, 2009

Ela não é daquelas (pt. IV)

Um minuto atrás já é passado.

O que é possível modificar em nossas vidas? Quais de nossas escolhas nos parecem acertadas depois que deixam de ser futuro pra ser presente?
Silêncio para compreender...Pois não é que há surpresas mesmo onde não se espera?
Seguindo isto, passo a esperar tudo de nada, ou nada de tudo, ou nada de nada, ou tudo de tudo. Fechamos ciclos; às vezes lembranças povoam a mente. Ninguém sai intacto ao contato, por menor que seja, por mais que se tente esquivar. Há resquícios, que perseguem, esfriam os pés.

"eu quero uma poesia que possa exprimir todas as sensações; que possa apagar toda contradição e encaminhar pra soluções. eu quero uma poesia que me livre de todos os compromissos, até aqueles comigo mesmo..."

E não ter hora pra voltar.

Quem diria "eu amigo"..., em Um Canto para Caronte.

Ela não é daquelas (pt. III)

Mas as perdas não são, não foram minhas. Falo das alheias que senti pela observação.

domingo, junho 14, 2009

ela não é daquelas (pt. II)

Ou sobre como sofrer grandes perdas.

Presumo que foram grandes, ao menos sensíveis, ao menos sentidas. Causaram uma fragilidade momentânea, um risco.

terça-feira, junho 09, 2009

ela não é daquelas.

Dançar, aprender a gostar. É impressionante como o tempo apaga e acende, faz brotar e murchar o frio na barriga. Ela não é daquelas, talvez que nunca tenha sido. Isso não se pode dizer com certeza absoluta, é fato - o que se pode dizer que ela não é daquelas neste caso. Sabe-se lá se o caso fosse (o) Outro, por quais caminhos andaria sua cabeça.
Para não pôr tudo a perder, calma. Para agir com calma e depois ver que foi em vão, quase. Há sempre as coisas que se ajeitam na força bruta, numa forma de indiferença fingida, forçada. Haverá sempre diferenças entre as pessoas - entre as que passam reto na penumbra, as que respondem e frustram as expectativas, e aquelas para as quais se pede licença para passar, e que se viram para outro lado. São estas as que mais conferem certeza de prestar atenção, e assim saber qual o lado exatamente errado de virar.
O mundo listrado deu zebra.
É preciso saber separar refúgios de canções.

sexta-feira, junho 05, 2009

É preciso ter paciência

Pra comer, pra dormir, pro dia amanhecer, pra sentir sono, pra reencontrar, pra se concentrar, pra compreender, pra aceitar, pra viver.

quinta-feira, junho 04, 2009

[...]

The girl with the torn in her side.

domingo, maio 31, 2009

Procurando algo

Busca eterna por respostas. Frases fragmentadas, a aliteração surge em boa hora. Coisas por fazer, mas até que fluíram...digo que fluíram bem até demais. Mas há outras que não sei como resolver.
As surpresas da vida bem que me favorecem. Para o que não há remédio, busco outra doença. A cura não há, mas outra moléstia distrai.

quarta-feira, maio 27, 2009

E dizem que a solidão até que me cai bem.

No olho do furacão, sem saber que se está. É assim, é assim que as coisas são.
Aprendendo alemão, língua de fora, carece de se exteriorizar para entendê-la, é fato. Vontade da fazer nada - vontade de fazer tudo.
Pra onde fugir, onde se possa pensar e resolver e ter dias de 36 horas plenas e aproveitáveis?
As coisas não andam difíceis, as pessoas é que dificultam. Algumas, no entanto, descobre-se que são de sorrir sozinho ao pensar no que há de sublime em conversas casuais...tons de vozes que me marcam; seria eu capaz de reconhecê-los?
Cinema amanhã; pausa que é trabalho.
Tem coisas que nunca são suficientes quando ditas. Tudo o que se pode expressar com palavras, se pode expressar com o silêncio também.

sexta-feira, maio 22, 2009

Para onde vai?

Aonde o caminho vai dar?
O que se esconde sob o abaixar a cabeça, desviar o olhar...Eu sei de coisas que talvez justifiquem, e penso para onde vai você?
Em seus caminhos, penso inevitavelmente no tempo; você, precavido como quem vai para longe.
Onde parar; olhará pela janela com questões que lhe tiram o sono, questões sobre a essência de coisas; não falo de meras preocupações contingentes, transitórias...pessoas se vão, como água que escorre sem poder ser interrompida; falo de questões atemporais. Pensará nelas, olhando para fora da janela, e tentando se livrar do peso do mundo?


Isso - traz inspiração.

Tudo o que veio antes de mim.

Há coisas que já estavam lá, que estiveram antes de mim e que nada vai mudar. O que tenho de melhor - minha esperança. Mas alguma hora ela quase acaba...vai findando, minando pela ausência de estímulo...quanto sentimento que já correu, quanto sentimento que agora não sei se corre; sem dúvida é diferente, mas o antigo parece não acabar.
Talvez eu já saiba então porque não. Porque você não, o seu não não-dito.
Talvez não seja mesmo, e nem seja pra ser.
E se for, talvez eu já não seja a mesma mesmo.

Me impressiona como a gente sempre acha o que procura.
"E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado"

quarta-feira, maio 13, 2009

mentiras sinceras me interessam.

sexta-feira, maio 08, 2009

Eu queria ter um cone

Daqueles de trânsito, laranja (ou seria amarelo?) e preto. Acho que todo mundo queria ter um também.

segunda-feira, abril 20, 2009

O inferno do silêncio,

Ou meu silêncio é o inferno? Geralmente não, mas a trava nas palavras me atormenta. Impossibilidade é invenção ou há chances? O porquê de certas atitudes me é estranho; escrevo ainda na inconformidade de minhas próprias in-ações. Neologismos dos quais preciso para me expressar; eu que não consigo me fazer entender muito bem por palavras, mas o rubor e o silêncio quiçá sejam suficientes aos que estão de fora (mas, no fundo, dentro do problema, são o problema ). Entretanto, jamais o serão para mim.

De que preciso: de táticas? De mágica? De soluções gratuitas? 
...
...
...

domingo, abril 19, 2009

Quem modelou teu rosto?

Dormi com o sol esquentando meus cabelos, época de frio. Encaminho meu projeto, após uma semana corrida, mas o prazer do resultado compensa. Meus escritos são minha maior vaidade.


"Quem está agora ao teu lado ?
Quem para sempre está ?
Quem para sempre estará ?"

Será que você vai saber o quanto...

sábado, abril 11, 2009

Eu nunca tive

Eu nunca tive certeza; eu sempre tive sonhos. Odiei sentir saudades quando tudo estava bem; quero aprender a não ter medo de assumir que tudo está indo muito bem, com todas as conseqüências que isso possa ter.
São tempos de paz onde nasci, após tempestades barulhentas, turbulentas; vou-me reconhecendo. Mas há uns olhos me espreitando - uma vez, várias vezes? - pelas prateleiras. E se?
...
Quero escrever algo que emocione. Fazer um curso de barista. Viajar para o litoral, ou para fazendas no frio. Guardar esse vento que trouxe lembranças, e uma enxurrada de palavras belas.

sexta-feira, março 27, 2009

Mas quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você

Cumprimos com nossas obrigações, tentamos nos fazer passar por espaços em que não cabemos. Com efeito, às vezes meu ego me faz maior - pejorativamente - sem que o perceba. O que se segue, então, é uma queda, brusca, esbarrada, um estalido, e até parece que alguma mão quer ou quis me segurar. Mas tenho pressa, recomponho-me de olhos fechados e com a terrível sensação de vergonha.
Recompomo-nos ligeiramente para, não muito depois, reviver estes mesmos passos e tropeços ao relatá-los, escrevê-los, subjetivamente compreendidos, parcialmente narrados. Nunca saberemos o que se passou do outro lado.

sexta-feira, março 13, 2009

Já senti saudades

Mas lendo atingi o bom senso.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

E ir onde o vento for

que é chegada a nossa hora.Vem, vamos além. Vão dizer que a vida é passageira. Sem notar que a nossa estrela vai cair.

sábado, fevereiro 14, 2009

sábado, janeiro 31, 2009

A canção da espera, ou...

[À luz das palavras o tempo é uma imagem
que se outrora me transportara, agora me angustia
meus versos teci na luz pálida dos dias
os fios se entremearam em remendos, momentos, linguagem
Remendei tais momentos em linguagem sem som
muda e úmida noite, houve falas e até o sim
seguidos, sucessivos, sentidos gestos largos e afins
a candura do olhar de soslaio...
Mas do passado não tiro alimento, sustento.
Não há brandura que resista à ausência do presente
Como aquecer lembranças que o tempo torna esparsas?

As frases carregadas de carinho estão já apagadas
o sorriso não ilumina a bruma da turva mente
Adormeço, adoeço, e do passado não há o que me sustente.]

A canção da lembrança, ou
A canção do espanto que pariu mais que filosofia.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

A (Há) espera

.....................................................

terça-feira, janeiro 13, 2009

Dinamizar a Vida

Essas madrugadas escondem pensamentos. Calmos e doces, mas meticulosos. Palavras são chaves, que nos abrem ao mundo; rumo ao mundo infinito.
Quem pode nos parar?


[So where were the spiders?
Ziggy played guitar.]

sábado, janeiro 03, 2009

O conteúdo

e a forma não devem se separar. Hegel já dizia que se a forma se esgota, busca-se outra nova forma, mas sempre como instâncias conjuntas. Tal qual como historicizar a filosofia ou filosofar a história.

Vai, são as férias, mas descanso não é descaso. [2]