terça-feira, julho 29, 2014

All my little words

1. Inadequações aos montes, desajustes entre externo e interno. O gatilho vem de fora mas só expõe o que falta por dentro e a insegurança que corroi. 
Os olhos andam tristes e baixos.

2. Da entrevista de Andrew Solomon sobre depressão: às vezes a mente e o humor podem ficar mais significativos que a realidade.

3. Há muitas histórias aqui esperando para serem contadas, disseminadas inocentemente, na tentativa de que você preste atenção. Separei músicas de variados tempos verbais, sucessivamente abandonadas por suas mensagens, que não são senão o que gostaria de dizer. Existe um medo, mas a possibilidade de sua confusão também residir no mesmo bem-estar que sinto é tentadora.

segunda-feira, julho 21, 2014

Put a cloud on my single-mindedness

Muitas coisas fazem parte das novas determinações para para me tornar, cada vez mais, a pessoa que gostaria de conhecer.
Manter as boas pessoas e afastar as más foi urgente. Não aceitar o pouco, o raso, egoísmo e egocentrismo.

sábado, julho 19, 2014

Importância da lembrança

É preciso lembrar para impedir a repetição da barbárie.
É preciso lembrar dos nossos, dos bons, que cultivavam nossa língua e cultuavam nosso solo. 

Violonista no metrô, percebo pelo tamanho da unha do polegar. 
Sentados, dormíamos balançando a cabeça pra frente e pra trás, até despertar assustados com o som do aviso no vagão. Mas eu tinha um nó no peito típico dos gostares não-resolvidos, reticentes e que cavam na vida e na auto-estima um buraco. 
É preciso lembrar do que há de bom para não levar tão a sério essas situações de desentendimento.

terça-feira, julho 15, 2014

Música para os corações

Que estranho se sensibilizar assim, mas deve ser a hipótese de que não houve para alguns tempo de dizer o que se deveria e de que para outros o tudo se desmaterializou sem deixar, porém, de ser. 
São melancólicas as partidas e a capacidade de empatia com a dor e a admiração alheias não me desagradam, embora surpreendam.

sábado, julho 12, 2014

O seu lugar

O seu lugar é móvel, hiperativo, mas não é imperativo quando me pede com calma e doçura sob a forma do "por favor"; quando se aproxima demais com o rosto avermelhado.

segunda-feira, julho 07, 2014

Arte

Mahler é durativo e parece a trilha invisível da vida, um pouco sombria, mas sempre à espreita. Kusama é intrigante. Iberê Camargo me surge volta e meia com suas bicicletas de PoA.
O prédio colorido foi inundado pela multidão ávida por alguma-coisa-gratuita-no-domingo-à-tarde. Passavam apressados pelos quadros, olhando-os todos de uma só vez do centro da sala. Queriam as luzes, os falos, os lugares limitados sem notar
a trajetória do pincel
o acúmulo das tintas
a água nas bordas da instalação
esse nosso eu que já não se reconhece
o desequilíbrio inerente