terça-feira, outubro 27, 2009

Tudo o que a gente não sabe

às vezes, sequer um nome. Eu esqueço certas coisas fácil, fácil...nem sempre quando quero.
O que é proposital, e o que é coincidência? A curiosidade pode conduzir a escolhas que não teriam sido tomadas outrora?
Será que seria melhor não saber, pra poder acreditar?
Perdi um tempo danado com essas bobagens. Perdi um tempo com isso, como recuperá-lo? Não há nada que valha tanto a pena...Hoje nem estava tão frio para justificar tanto agasalho, a não ser que fosse pra se esconder dos outros e se guardar pra si, ou pra se mostrar pros outros, esquecendo-se de si...mas parece um egocentrismo infernal.

Por que é que a intromissão na vida alheia ajuda a encontrar respostas?!

sexta-feira, outubro 23, 2009

Just for one day,

we can be heroes, just for one day.
Bowie no ônibus; de repente, não mais que de repente, a música toca. Mas parece que era por ela que eu esperava o tempo todo. Bowie. café. livros. a existência é boa, quando é do jeito que a gente quer. E tem o conteúdo, para além desta forma: questões; Agostinho, Hegel, Kant, Rousseau. Sabe, não é mera erudição, exposição de erudição: é a parte de boa da vida. Ligar e ouvir uma voz que acalma, ter boas notícias, ver as coisas se resolvendo, tudo se aclarando. O bom de fechar ciclos é isso; alguns resultados se tornam aparentes e, de tão satisfatórios, fazem sentir: valeu a pena.

terça-feira, outubro 20, 2009

Cure.

Ia fazer dez dias que eu não escrevia aqui; de repente, eu havia me esquecido disso. E estava me fazendo falta, ainda que sem perceber conscientemente.
Tanta coisa pra pensar, oras, quantas coisas acontecem no espaço de uma música; quantas memórias. E quanto tempo haverá ainda para que se possa conhecer a si mesmo? Digo por mim: cada situação é uma descoberta. Quando, no meio da noite e da multidão, percebi que fugira ao meu controle, e que haveria que me parar, senti a mudança, a face desconhecida até então. E não bastasse isso, não havia como parar o mundo para decidir o que fazer.
Ai, ai...há um desconsolo, cansaço, descaso para a noite lá fora; acho que tudo é tendência à inércia. Pois não é que o dia reserva também surpresas, e eu sinto vontade de tocar um violão, ficar de olhos fechados, bem fechados, e dormir um pouco, até que seja depois, ou antes.
[...]
Houve uma pausa para pensar com prosseguir no fluxo do texto, até que uma música me alcança e eu disparo, lembranças disparam, díspares. Engraçado, parece que esta época do ano passado se repete, e consigo, por assim dizer, ver de fora. Mas algumas coisas essenciais mudaram - e penso então no sentido desta última frase: como dizer que coisas essenciais mudaram, se o que é essência não muda, se a substância é imutável?
"Fate, Up against your will".
mas os dias andam bons.

domingo, outubro 11, 2009

Quando conheci Cartola

quando a tarde vai morrendo, é na hora da ave maria que o silêncio mais grita; ora um A prolongado, ora um OH de igrejas medievais. Tenho dormido e não consigo parar de ouvir O Mundo é um Moinho. A música é tão leve, arrastada, a voz é agradável, e me lembra noites que passaram como brisas. Mas é lindo, e a vida é boa, e se desdobra em esquinas e cruzamentos.

"de cada amor tu herdarás só o cinismo..."

Ai, e não é que a gente se surpreende, tudo é novo, no fundo. "Mal começastes a conhecer a vida..."

quarta-feira, outubro 07, 2009

Não consegui ainda

escrever sobre o que precisava...prova amanhã, acordar cedo. E
resolver algumas coisas, espero. Depois...que que vem depois mesmo?
Ando confusa, me confundo enquanto ando;
tem alguma coisa errada por aqui! Mas aonde?
Para
onde
isso
tudo
vai?

segunda-feira, outubro 05, 2009

Sereníssima...

...homens são lobos, parece que disse Kaspar Hauser. Se disse, de fato, não sei; mas que é de direito nosso mudar de opinião...bem, isso é verdade.
Difícil tem sido falar sobre a rotina ou a pensar; tudo tão rápido; as ligações de amanhã já são as de hoje. E perdemos rostos, algumas vozes, mas o tato ainda sobrevive...um pouco, na verdade, até que outra sensação venha suprimir-lhe.
Procuro músicas, e invento situações. Engraçado como tudo se degenera - não num sentido estritamente negativo, mas no sentido de que tudo muda.
Perdi por esses dias a visão da barba por fazer, do rosto chupado, mas em troca outras visões se me ofereceram...nenhuma parecia aquele "quase-poeta" (pois acho que, no fundo, escrever não lhe é caro) perdido e encontrado nas próprias afirmações tão seguras, mas outras figuras, formando um quadro belo, como há tempos não se via. Meias brancas, cabelos crespos, olhar curioso e um pouco insistente. Bancos deveramente escondidos que suscitam curiosidade.
Há tempos tive um sonho...não me lembro. Perco também o nexo quando penso em me organizar. Perco o controle depois de ver as saídas estreitas.