terça-feira, outubro 20, 2009

Cure.

Ia fazer dez dias que eu não escrevia aqui; de repente, eu havia me esquecido disso. E estava me fazendo falta, ainda que sem perceber conscientemente.
Tanta coisa pra pensar, oras, quantas coisas acontecem no espaço de uma música; quantas memórias. E quanto tempo haverá ainda para que se possa conhecer a si mesmo? Digo por mim: cada situação é uma descoberta. Quando, no meio da noite e da multidão, percebi que fugira ao meu controle, e que haveria que me parar, senti a mudança, a face desconhecida até então. E não bastasse isso, não havia como parar o mundo para decidir o que fazer.
Ai, ai...há um desconsolo, cansaço, descaso para a noite lá fora; acho que tudo é tendência à inércia. Pois não é que o dia reserva também surpresas, e eu sinto vontade de tocar um violão, ficar de olhos fechados, bem fechados, e dormir um pouco, até que seja depois, ou antes.
[...]
Houve uma pausa para pensar com prosseguir no fluxo do texto, até que uma música me alcança e eu disparo, lembranças disparam, díspares. Engraçado, parece que esta época do ano passado se repete, e consigo, por assim dizer, ver de fora. Mas algumas coisas essenciais mudaram - e penso então no sentido desta última frase: como dizer que coisas essenciais mudaram, se o que é essência não muda, se a substância é imutável?
"Fate, Up against your will".
mas os dias andam bons.