segunda-feira, janeiro 31, 2011

não, não é frescura,

não é nada premeditado; é a session leve e interminável aqui do lado, junto da leitura da Tati Bernardi, mais a sensação inexorável de é melhor não. Melhor não agir, deixar correr, let it be, enquanto eu fico escondida. Porque se mostrar em determinados âmbitos não deu muito certo, e pode pôr a perder aquilo que nem é e que nem faço questão de ser. Porque será que às vezes uma semana dá medo?
E nem era pra ser, nada pra ter. Falta de costume, quem entende?
Acho que o que não quero é a sensação de decidir. De ir ou ficar, voltar. De insistir e depois ser uma droga. Ou não ser uma droga, sequer dar barato. De qualquer jeito, estou consciente: estou pensando. Estou considerando. Imaginando o que pode ser, justo num caso que não dá pra imaginar. Que caso o quê. Só preciso de minha concentração de volta, mas não lembro em qual vida passada eu perdi.

domingo, janeiro 30, 2011

"when we were young";

era pra escrever sobre qualquer coisa. Sobre os sentidos aguçados, as contingências da vida, blablabla. Uma porção de coisa, uma porrada de considerações, nada posto em palavras ainda, quando de repente vem como uma pedra na cabeça que a gente não tem mais 18 anos. A gente, digo: eu. Parece pouco, mas na prática isso representa tanto, pois não dá mais pra fazer como antes, não depois de algumas experiências-conclusões, não dá mais pra se ver com 18 anos ou em alguém de 18 anos ou com alguém de 18 anos começando a descobrir um caminho que querendo ou não quem já passou acha pisoteado, embora fantástico. Tá, não são os 18 literalmente ou algo que o valha, mas é o sentido da questão: nem dá pra continuar no mundo a passeio o tempo todo. Tem festa e não-sei-quê, mas a alma anda como se tivesse a mesma idade que a idade do céu. Deixe que o tempo cure...Mas a gente quase manda dividir essa juventude com a gatinha ali do lado, boy, mas vale a intenção, sobre tudo que a gente não sabe onde pode dar. Seria engraçado uma visita dessas, no mínimo curiosa, sem roteiros. Ah, sei lá. Ouvindo tanta coisa, lendo tanta coisa, sentindo mais ainda. A vida é tão boa, só acho engraçado esses 21 anos assim, tão bruscos.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

just do it

ou desfaça ou feito; pode ser que dê certo.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

lá,

era como se sentir no Haçienda. Só faltava New Order. Blue Monday.

terça-feira, janeiro 25, 2011

?

.......

?


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quinta-feira, janeiro 13, 2011

Poesia

Põe teu dia e um pouco mais na cabeça,
transforma em pensamento.
Ou abstrai e imagina -
dá no mesmo, se sai palavra.
A chuva de verdade ou criada,
Teus filmes vistos ou roteiros desejados,
os corpos tidos ou sequer tocados -
quem poderá dar o limite entre
tua imagem e minha imaginação?
A quem interessa se vives ou crias um mundo
todo teu de dentro do quarto branco ou cinzento;
Se sabes a cor das árvores ou apenas lembras
do cheiro úmido e verde?
Há quem se interessa, e espera por.


Põe o café na caneca e o cheiro dele na caneta,
rabisca o papel, decodifica, desmistifica,
faz da carne verbo.
E talvez careças de menos de sete dias
pra criar um Mundo.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

uns começos,

meio assim, pela metade já. Mas o que vale é a intenção.
Quando não quero - aliás, quando não penso com querer - é que aparece o motivo. Tão próximo; eu, tão cheio de ideias. Quem sabe dê certo?
Mas sobre outros âmbitos, penso: o que falta? Tudo? Nada? Sei não como saber. Vezenquando é tão aqui, shoulder to shoulder...Ah, quem me dera resolver num passe de mágica. Ou num passo certo. Ou ser o próximo passo.
Enquanto isso, em busca de novos rumos. Tocando em frente. Deixo ao acaso os encontros, e quando o faço, até que dá certo, leve e calmo. Neste momento tento escolher qual música vai embalar uns escritos...Dylan tá bom, né? Eu aqui, comigo mesmo; nada melhor.

domingo, janeiro 09, 2011

gosto tanto

de mate com limão. Bebo como se fosse café. Gosto mais de blues que jazz, mas hoje Fitzgerald tá boa demais. Dou umas voltas, penso "parabéns Bowie", ouço ainda On the way home. Tanta coisa pra ler, tanto livro e página...penso em Fernando Pessoa e na vida dedicada só à escrita, abarcando um múltiplo tão múltiplo como não há igual em outro lugar. Uma porção de coisas pra fazer; preciso de uma poesia, sabe, daquelas bem diferentes. Mas há tanta beleza, muita música (re)descoberta, que vai passando o medo de um encontro, e dá lugar à vontade de outros encontros. Tá, é claro que às vezes volta alguma coisa, um peso no estômago bem estranho, mas o saldo tem sido positivo do que se pode esperar quando nada há planejado.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

"Shoulder to shoulder..

but not advanced...You, me...it's all just circumstance".
Lado a lado, cada um com seu plano, mas no fundo é a mesma coisa. Mesas pares, um respondia inconscientemente ao movimento do outro, ao barulho do outro, à respiração do outro. Foi engraçado como há tempos não se via, e eu tinha muita vontade de rir, de virar a cabeça pra direita, sabendo que se o fizesse não veria senão alguém como eu, tentando se concentrar atento aos gestos alheios. Visão periférica. Ou não. Ou é tudo coisa da minha cabeça.
Em todo caso, eu gostaria de poder cultivar algo novo; vendo alguns passos anteriores, percebo as falhas (mea culpa) e penso que tudo pode ser remediado, quando começado de novo. Do zero, zero e um. Nem sei qual grau na escala, posto que há tantas coisas mas foi no fundo nada.
Enfim, quem sabe a vida dá novas chances, e quem sabe se possa dar novos passos? The next time around...It's how it's means to be - a brand new start.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

aquilo que a gente não sabe.

Mas é engraçado como o tempo de trocar de roupa e descer, segurando o guarda-chuva vermelho, cabelos mais escuros agora, a blusa verde; o tempo foi exato pra encontrar ou descobrir um outro caminho. Não novo, nem certo - apenas outro. Em tempos de repetição, um outro caminho engendra uma multidão de outras considerações. Meio mágico, eu achei, embora indique nada, embora nunca tenha indicado algo. Mas deve ser o tempo, essa cidade quente e chuvosa, as tempestades de fim de tarde, são todas surpresas. Warning sign, como em outros tempos, mas agora mais claro, mais limpo.

"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras". Caio, caio...