segunda-feira, setembro 29, 2014

Ser forte e sentir-se forte.

Sinto que estamos (ou estou?) criando planos a longo prazo, construindo ideias e desenvolvendo um caminho sobre uma superfície ainda frágil e desconhecida. Seria possível que tudo se arruinasse apesar de toda boa vontade e carinho?

terça-feira, setembro 16, 2014

Soundtrack and polaroids

“Be awake enough to see where you are at any given time and how that is beautiful and has poetry inside”, Jeff Buckley em entrevista.

Algum dia hei de encarar, além dos projetos atuais, outros que incluam trilhas sonoras para filmes da minha cabeça. Dentre os primeiros estaria Tim Maia cantando Eu amo você ao fundo de um bailinho num fim de tarde, com as luzes do globo de discoteca refletindo no piso do salão, enquanto um casal desengonçado ensaia passos de dança fora do ritmo, ele alto e magro, de terno azul bebê e óculos de aro de tartaruga, ela de aparelhos nos dentes, vestido branco, tênis e meias até a canela.
A cena não precisa ter final. Interessa a repetição dos passos errados, desencontrados, mas que se encaixam por fim na música.

segunda-feira, setembro 15, 2014

Not if I could sing like a bird

Na dúvida sobre como agir, escolhia sempre agir com carinho. E quando não sabia como o outro reagiria, ocupava-se de si mesmo para sentir-se cada vez melhor. Mais à vontade, conhecendo-se mais, esperando menos de si mesmo.

sábado, setembro 13, 2014

We all fall in love sometimes

Pode ser que a gente sempre ouça as mesmas coisas porque nossas buscam nos conduzam para os mesmos caminhos e sejam feitas com os mesmos instrumentos.

Cozinhar à meia luz parecia o momento propício para se perguntar sobre sentidos de palavras, sentimentos e alcance das ações, propósito e intenção num campo intersubjetivo afetivo.

quarta-feira, setembro 10, 2014

As sirenes da madrugada

Uma lista de coincidências incríveis me fazem checar o tempo para sufocar certas desconfianças. 
Desconfianças que eu não deveria ter, não deveria nutrir.

Mas quem dera você ouvisse as músicas da minha cabeça. Despertaria as mesmas sensações do tipo cheiro de vitrola e do disco de vinil rodando.

Meus livros têm meu nome
gravado com data
na primeira página.
Uma aranha se esconde atrás da porta.
Como, escrevo, reflito,
como se lá fora,
não urgisse o mundo.

quinta-feira, setembro 04, 2014

Cartas modernas

Intuitivamente, faço tudo intuitivamente. As respostas, as palavras, a escrita, o cálculo do mercado, o descanso e o trabalho.


ap. 

Bruna Beber
na minha casa você pode flagrar alguém
se escondendo da rotina num quarto escuro
ou batendo a cinza do cigarro na janela
enquanto espia as roupas dançando em silêncio
no varal da área
às três da madrugada
você pode flagrar alguém preocupado
segurando uma caneca com vinho vagabundo
dormindo fora de hora
pensando demais na vida
e no tédio que é

essa falta de paixão.