segunda-feira, julho 07, 2014

Arte

Mahler é durativo e parece a trilha invisível da vida, um pouco sombria, mas sempre à espreita. Kusama é intrigante. Iberê Camargo me surge volta e meia com suas bicicletas de PoA.
O prédio colorido foi inundado pela multidão ávida por alguma-coisa-gratuita-no-domingo-à-tarde. Passavam apressados pelos quadros, olhando-os todos de uma só vez do centro da sala. Queriam as luzes, os falos, os lugares limitados sem notar
a trajetória do pincel
o acúmulo das tintas
a água nas bordas da instalação
esse nosso eu que já não se reconhece
o desequilíbrio inerente