quinta-feira, setembro 10, 2009

Deixa passar

deixa o dia clarear;
daqui a pouco vejo o sol nascer
da janela,
surgir por entre os prédios numa manhã
clara e amarela.
Quanta coisa mudou; escrevo e apago, pensando se não seria melhor deixar, para comparar com o amanhã. É que, também, amanhã já se tornou hoje.
Podemos nos modificar até quando? Até perder o tom da pele, esquecer o som da voz, não resgatar da memória o rosto. Mas e a lembrança, e a torcida, como fica? Não passam, estas. É bom saber que, mesmo sem o desejar conscientemente, as coisas se encaminham. E sentimos orgulho pelas conquistas alheias, é fato.
E não me diga isso, não reclame do que não me cabe. Tenho meu egoísmo.