quarta-feira, junho 24, 2009

ela não é daquelas (pt.V)

A coerência...a coerência é a chave de tudo. Ainda que toda coerência seja suspeita, é difícil não a exigir em certos momentos. Escrevendo loucamente, vou tecendo minha interpretação sobre tragédias gregas e afins; Empédocles e seus excessos, sua necessidade de sacrifício, sua relação entre poesia e filosofia. E com isto, tal qual o poeta trágico, distancio-me um pouco de mim mesmo, a fim de alcançar a maior intimidade com o Todo - é preciso esquecer que se é parte.
A saga continua enquanto tudo não se resolve. Feito de contradições, mas buscando a coerência, minhas atitudes me colocam face ao que eu nem conhecia em mim mesmo. São dias intermediários ou determinantes? Minhas contradições face às de alheios - até onde é possível aceitar as diferenças?
É difícil pensar tanto quanto o é não pensar nisso. Aprendi com Hölderlin o quanto a Filosofia é um hospital onde me refugio.
Faço pausas, aprendo a pensar em Alemão. Sigo um ritmo, construo uma saga; os personagens se vão ou eu os excluo? Ainda não me decidi. Há sempre algo que me escapa.