quarta-feira, janeiro 17, 2018

Todo mundo tem uma história

Linger deve ter sido uma das músicas mais tocadas em rádio por muito tempo desde seu lançamento em 1993. Consequentemente foi uma das canções que mais ouvimos de modo aleatório desde então, e a ela anexamos, quase todos, lembranças. As minhas são da morte da minha avó em 2001 e nem sei bem precisar o porquê dessa relação entre o evento e a música. Lembro vagamente de conversar com minha mãe sobre isso e, ainda que não se trate de um tabu falar dessa morte, não consigo reconstituir como a conversa avançou. De toda forma a relação com a música ficou com esse toque delicado, delicado não enquanto afetação, mas como é o ser de um delicado tecido: mal pousa sobre a pele, escorrega por entre os dedos como se tivesse vida própria.