domingo, agosto 08, 2010

Meu mundo não é pose congelada: é vida.

A foto, o tempo, o dia foi ficando mais embaçado até as árvores lá fora desaparecerem. Me salve, Nick Cave. Não sou Nenê Altro nem algo que o valha, enfim.
O fato é que as considerações surgiram desse negócio chamado tempo: porque a gente nunca vê essa coisa passando, minutos escorrendo, só tem uma leve - bem leve - noção de ser impelido sempre à frente. Não sei se insistir depois que passou, que a viagem foi feita, ainda adianta. A vida está de volta, a música e palavras, além das sensações que remetem não só ao passado, mas incrivelmente ao futuro, certeza única. Bom ou não, certeza única, mas fico com a primeira opção. Esse frio até então não existia, mas aqui dentro a janela até embaça no contraste do fora frio e dentro quente; e as cores destes dias são fortes.
Eu sorrio quando penso no movimento, nos caminhos que fogem à compreensão e surpreendem. Novamente as surpresas, me ajeito no intervalo calmo do turbilhão, me ajeito até achar meu lugar, nem que pra isso tenha que mudar umas vezes. Afinal, nas mudanças o que foi feito ficou, algo escrito na história. É bom estar de volta; é bom estarmos de volta.