quinta-feira, outubro 21, 2010

Depuração.

Como na filosofia kantiana, a vida vai se depurando. Fico feliz porque consegui resolver muitas coisas hoje; por outro lado, outras se resolveram por mim. Aprendi um bocado, parece, mas às custas de que é outra história. E nem sei, nem sei quais palavras exprimem, nem sei o que causou; fui duma compaixão espontânea à constatação de que há uma passagem da psicologia racional/doutrina da alma, que põe o sujeito pensante no centro, para uma cosmologia, isto é, uma modificação que põe o mundo no centro. E o mundo, em suas cervejinhas com linguiçinha, em suas pequenas alegrias, pequenos sustos, grandes supresas.

"Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido"

"Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo"

Eu começo um novo rumo por onde a estrada vai, sereníssima. Coisas, elas passam. O que fica sou eu, eu comigo, por isso prezo um egoísmo não em sentido negativo; é só que depois de um tempo a gente descobre o que é que realmente importa. Se perdi algo, não sei; nada é meu, a não ser umas saudades. Recebi um email providencial, uma espécie de acaso que veio me dizer o que qualquer um dirá.

"Sabe o que é filósofo, Visconde?"