sábado, outubro 16, 2010

a escrita nunca é estanque;

porque quem pensa não fica no mesmo, o pensamento corre. Escrevo, leio, reescrevo, e no meio disso outros pontos me interpelam: situações que não são finitas mesmo quando a gente pensa que acabou. A repercussão não deixa os fatos morrerem, descansarem em paz, e causa graça, porque a vida é movimento. Talvez seja melhor assim: fato morto é só lembrança, e sobre o que está vivo, há possibilidade de modificar, moldar ao próprio gosto. Eu sei que talvez fosse necessário um pouco de paz e silêncio, mas se a calma interna é suficiente, a concentração me puxa de volta do mundo empírico e me põe numa esfera só minha pra escrever, pra ficar comigo.
Penso brevemente: há outros fatos a serem reavivados, talvez. E talvez sejam os que eu mais aguardo. Percebe a indecisão pairando - nas palavras, declarações, nos pensamentos? Quem me navega é o mar.