quinta-feira, outubro 27, 2011

Começa assim:

páginas demais, programas demais abertos, aí não cabe sequer o bloco de notas. Escreve em qualquer lugar, rápido, pra não perder a sensação que é melhor Los Hermanos que Radiohead, que é melhor sentir que procurar sentido nas letras de canções, que é melhor descomplicar que buscar minúcias em suas atitudes cegas. Queria qualquer coisa assim diferente, comendo bolacha água e sal pela fome insaciável, horas a fio na frente do computador com suas mil páginas estrangeiras não-traduzidas sobre problemas a resolver o quanto antes, sem ter todos os meios para dar cabo dos meus fins. Você vai perdendo a graça. Escrevo mil emails dizendo: não vou dar conta, tá difícil, mas nada que uma noite de sono não resolva, pra amanhã não me lembrar de você a não ser nos momentos bonitos de flores e pássaros e sol. Com as janelas fechadas nada disto existe. Grandes coisas, duvido da validade objetiva destas imagens que construí. Nada a mais a fazer, senão me preocupar comigo mesmo.