segunda-feira, novembro 30, 2015

Tentativas de desvendar o sentimento

Sinto dizer, mas não existe a chave, o segredo. As relações - todas elas, inclusive as sexuais - não cabem em manuais de o-que-fazer ou o-que-não-fazer. É descoberta, observação, reação: se arrepia, se faz sorrir, se provoca carinho, se faz gemer, implorar por mais, estamos no caminho certo. Não é? De resto, há divergências. Como classificar num manual o que em algumas pessoas ou em algumas situações causa excitação? Haveria o não-se-deve-fazer universal? Sexo é espontâneo. Não é roteiro, não é pornô. Pornô é sequência de posições - onde as pessoas não se tocam, a não ser nas partes pudendas - que acaba com gozada na cara. Não quer dizer nada isto? Não significa que o sexo acaba quando o homem chega ao orgasmo? Entre pessoas cientes do que fazem, sexo é de foro íntimo, mas o que baseia nossa ideia de sexo? 
Eu gosto tanto, tanto de você, como provavelmente nunca gostei de ninguém, mas não acho que estamos indo lá muito bem. Estou triste e meio sem saber o que fazer, sem saber se há como resolver isso, sem saber como articular meus incômodos e minha confusão - e também isto me parece sintomático.