quinta-feira, abril 15, 2010

a beleza perdida

dos olhos, da visão antiga. O solzinho fraco das quatro da tarde despertou aquela nostalgia brava. Acho que este monte de adjetivos que tenho usados são do aprendizado do alemão, só pode ser, pois que nunca fui de fazer isso. Às vezes a gente não é daqueles...
Sem parâmetros, são parcos os recursos de julgamento. O que você quer, me perguntei do alto do solipsismo idiota? O não saber quanto ao querer me tem sido familiar, embora numa análise mais acurada seja estranho - como assim, não saber o que se quer? Algumas coisas a gente sempre sabe que quer, um bom café e o silêncio interno. Engraçado como às vezes o próprio corpo denuncia a tempestuosidade interna, numa espécie de retomada da metáfora do mar: no mar a superfície se agita, enquanto por baixo é calma; na alma, tem-se o oposto.
essas culturas são diferentes: aqui, à noite todos os gatos são pardos. Na Alemanha, todas as vacas são pretas.
e se numa esquina qualquer...será que você vai fugir? E se você for, eu vou correr?
Isto tudo também se poderia chamar Sobre fugas e não-fugas. A gente corre daquilo que não pode enfrentar, não daquilo que não quer.