quinta-feira, setembro 23, 2010

A razão quase enlouquecida.

De fato, alguns dias são mais Willie Dixon que Muddy Waters, i. é., mais melódicos e menos vibrantes. E nem por isso menos interessantes.

Óculos sujos, conversas em idiomas outros. A gente resolve o que pode, e da maneira como pode, cortando aquilo que, ao que tudo indica, nos corta, ou que induz à perda: de ânimo e de sossego. Ou que induz ao ganho: de tempo ocioso. Entendo nada: as conversas, as intenções, as vontades, os livros na estante. Só sei que toda vontade só é livre quando quer a si mesma, e não a algum objeto outro, algum conteúdo dado, seja de fora, seja pelos próprios impulsos. Deve-se purificá-los, não excluí-los, ou, em outro registro, aprender a lidar com isso e reconciliar os instintos com a razão.

Chocolate, café e blues. Alemães, Hegel era um grande sujeito, cheio de ideias difíceis de entrar na cabeça, mas fascinantes. Quando o mistério é grande demais, a gente não ousa desconfiar.