quarta-feira, novembro 17, 2010

o tempo

que nós temos - suficiente? exato quando bem empregado? Sei lá, só sei do tempo depois que cliquei sem querer no botão errado e lá se foi meu texto inteiro embora, tão bonitinho, tão influenciado pelos últimos acontecimentos, últimos Caio F. Acho que percebo o tempo assim: depois que a festa acaba e vem o dia, e lembro da música que arrepiou. Mas aquelas pessoas todas, não estão comigo no fundo, elas e eu, todos sem parada. Percebo o tempo quando vejo longe pessoas que me são tão caras, e por perto as que já não mais o são - e o que se dirá, senão que as coisas são mesmo assim, e que depois de uma fisgada a dor passa, mas a explicação fisiológica diz que o cérebro guarda o que doeu como mecanismo de defesa. Tão belo: a razão sobrepondo-se às emoções; tão injusto com quem nos faz bem. E ficou tudo por aí.
Percebo o tempo quando percebo que posso dizer as palavras que no fundo gostaria de ouvir, e que não me custariam nada dizer, no fundo, no fundo. Essa "maneira torcida não se tratava de estilo, mas uma profunda dificuldade de expressão" pode aos poucos ser mudada, a cada riso pelas pequenas bobagens que despertam o horário do almoço, com gosto de expectativa, e como sempre Caio F torna claro um monte de coisas que eu tava pensando e sentindo.
Mas pôxa, o tributo é ficar então nessa corda bamba, ora-besta-ora-brava-ora-boba. Vai, porque escrever é coisa que me acalma como nada neste mundo.