terça-feira, outubro 16, 2012

Pra quem eu ofereceria um café

O dia de ontem foi meio merda; tentei escrever pra aliviar, mas a internet não cooperou. Talvez foi um modo de dizer para esperar o que o próximo dia teria a oferecer, e o próximo, e o próximo. O café aqui de casa acabou e eu tento curar a dor de cabeça e o mau humor com yoga e alongamento, até que surge alguém que me faz repensar a utilidade de ter um café em casa pra oferecer nessa hora meio constrangedora de ficar cara a cara, do jeito que se quis. Quer dizer, do jeito que eu quis.
Então eu me enrolo toda pra fazer as frases e você deixa seu email pra eu te ajudar com as coisas da mudança. Nada mais óbvio, você trilha o mesmo caminho que eu fiz um ano atrás. Mas sem óculos seus olhos me confundem mais. Eu reli e refleti sobre o que queria escrever ontem, e é absurdo ver a concretização daquela vontade que eu projetava sobre outra pessoa: "eu espero o telefone tocar, eu espero você mudar o curso e em vez de ir comprar aquelas porcarias vir me visitar. Porque tenho pra mim que, se você não vem, eu não vou chamar de novo. Já não sei se é orgulho ou bom-senso, mas ainda dói essa falta de reconhecimento". 
Mudam-se os personagens, continua a indeterminação. Mas, por enquanto, sem sofrimento.