domingo, julho 26, 2015

Soterramento da apo(r)ética

Me sinto por vezes apoética, eu, que nada entendo das artes, pouco sei de literatura, que não conheço música clássica. Veja bem, minha força é mais bruta - eu vejo a beleza, mas me questiono sobre minha capacidade de criá-la, conceituá-la. Questiono se o social não me fala mais alto, se o bruto da filosofia, o nuclear, não é um chamado mais forte. Sei que é um mesmo espiritual que se desdobra em várias formas, mas não me seriam algumas delas mais presentes que as outras?
Me sinto também por vezes aporética e na minha negação dos limites, escorregava das definições - necessárias, como ao começar e terminar um trabalho de fôlego. Aos poucos me localizo melhor. Tenho ideias, arrisco suposições. Avanço em passos tímidos num projeto grandioso e em mim mesma, e com isso supero as aporias.