quarta-feira, outubro 14, 2015

O ato de nomear

O escritor é, me parece, aquele cara que nunca parou. Nos idos 2012 ele já escrevia, talvez tivesse escrito desde todo o sempre de sua existência até aquele momento, em 2012, a partir do qual sua escrita e existência passaram a existir para mim. E depois de 2012 ele prosseguiu: volta e meia me surgia seu nome em notícias que eu não procurava, mas saltavam no computador. O escritor é, apesar de eu não o ter achado super genial pelo pouco que eu li. A bem dizer, achei raso, apesar do verniz cultural ali presente, mas quem sabe eu me surpreenda. O fato é que: ele é. Carrega um título, entrou na seleta lista dos caras relativamente conhecidos, algo meio underground que - por isso mesmo, diriam - deveria representar uma grandiosidade, aquela dos escritos nunca reconhecidos. Mas para além disso, me lembro dos dias de breve convivência e tenho um ímpeto, uma intuição, de que algo há de surpreender. Era um cara cheio de ideias boas e muito simples. Deve ser que seu romance, mesmo que não biográfico, possa portar alguma coisa assim também.