segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Por quem os sinos dobram

As primeiras impressões sobre Hemingway são empolgantes. Por quem os sinos dobram tem sido um livro diferente e daí o interesse em documentá-lo enquanto leio. A história parece viva e humana e a descrição detalhada faz imaginar texturas da camisa, do saco de dormir, dos cigarros, do cabelo curto de Maria; atiça o paladar com lembranças inexistentes imaginando o vinho e o cheiro da caverna: uma mistura de suor, comida, fumaça e tensão. O tempo é seco e as pessoas são duras - a princípio. Política, História, uma relação que nasce direta; cavalos, montanhas, dinamites. A descrição das paisagens, caminhos, estradas e da ponte me detém: qual o interesse dos detalhes senão nos permitir (re)criar a História?