segunda-feira, junho 22, 2015

Pequeno monumento a Caetano

Tom Zé cantou um dia o envelhecimento da Brigitte Bardot, mas será que ele percebe o velhinho simpático em que Caetano se transformou? Enquanto o ouvia cantar na Praça Julio Prestes, vi um Caetano de cabelos brancos se desculpando por uma gripe que teria atrapalhado sua performance. Caetano, meu bem, você é parte da nossa vida, da nossa cultura, da nossa memória musical. Meus olhos marejaram, meu corpo se arrepiou e me emocionei tantas vezes neste seu show que não saberia descrever. No ranking de minhas imagens pré-morte estaria agora, sem dúvida, você com seu violão cantando Triste Bahia sob o céu deste junho gelado. Me fez sentir vontade de seguir o Olodum balançando o pelô, de rezar a novena de Dona Canô, de conhecer uma Bahia que é mais de sua infância que o presente.