segunda-feira, março 07, 2016

Conversa íntima

Não me lembro se fiz planos para 2016. O fim de ano chegou e passou rápido e sem anúncio; em uma semana já estava tudo de volta mas não estava, e desde então ficou muita coisa em suspenso. Terminar um projeto. Começar o próximo. Organizar o tempo. Arrumar um trampo mais estável. Estar mais atento e consciente. Conciliar as demandas afetivas minhas e dos outros, abrir espaço, dar apoio e estimular que as pessoas queridas se encontrem - eu sei, eu sei, mesmo que isso signifique longe de mim. O aprendizado de ser livre inclui permitir que certas coisas se ajeitem em seu tempo, mas ocorre que sou muito impressionável, sensível demais ainda a algumas coisas; noto variações, elas me preocupam, não sei como articular os incômodos, logo tudo vira um nó por dentro e paraliso. O justo equilíbrio entre o que preciso e o que esperam me pesa, ainda que seja evidente: não há muito o que fazer, não dá pra ser mais do que a gente é.