quinta-feira, dezembro 09, 2010

It's over.

Eu sei, eu sei. Eu sei que na dificuldade de tirar algo que é substancial e interior, a gente acaba dando jeito no ser-aí exterior mesmo, mas já é uma primeira determinação.

"Estou desistindo de você, abrindo mão, renunciando, deixando pra lá, tentando esquecer".

Repito: "Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como 'estou contente outra vez'”. Me dizem isso, com ar entre deboche e é-assim-mesmo. E eu sei, porque a gente sempre sabe que alguma hora tem que fazer um esforço sobre-humano pra resolver o que não faz bem.

"Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais".

Hora de uma nova partida, então.