sexta-feira, dezembro 24, 2010

o que eu também não entendo.

Tanta gente, tanta gente. Tanta coisa, tudo. Muita rua, muito pano, roupa, riso, palavra, desejos bons, é fim de ano, natal e não-sei-o-quê. É muito tudo, quando a gente descobre que precisa de pouco, um pouco que a gente nem sabe mais o que é, ou como medir - se é o pouco de uma presença, presença por telefone, por pensamento, ou ao vivo, a cores, naquelas cores de musical dos anos trinta. Parecia personagem de uma história surreal. Metade de mim é saudade...
Quase perdi o que acabo de escrever, da mesma forma que parece que vou perdendo outras coisas. E me perdendo por aí, como diz o médico, como quem está lutando, tentando. Foi impossível não rir de uma definição tão correta, no fundo, e sem se saber.

Saudade, daquela de romance. Saudade do que se quiser: tanta gente legal que eu conheci e me faz falta. Deveria ser um tempo de reflexão, introspecção, mas quando eu estou sozinha, agora, me assaltam tantos pensamentos que não deveriam, que não tem porquê...Eu vou aprendendo um bocado, não canso de repetir, mas a duras penas. Não achava que viver fosse tão duro, mas é o preço do mundo. sei lá. Sei lá, como em outras épocas, só sei dizer "sei lá", "não sei", em diversas línguas. Diagnóstico de uma época perdida: meus vinte e poucos anos.